Ecommerce requer uma abordagem multifacetada enquanto modelo de negócio, explica Carolina Afonso

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Os Conselheiros Leading Brands reuniram-se para mais um encontro, no dia 10 de dezembro, desta vez na Casa de Praia, no espaço do WYgroup.

O momento contou com a talk ‘eCommerce – Como vender mais online’, da autoria de Carolina Afonso, CEO do Gato Preto e coautora do livro com o mesmo nome, que foi também escrito por Sandra Alvarez, General Manager da PHD Portugal.

A autora começa por explicar que uma loja baseada em comércio online vai muito além de «apenas criar um site»: deve focar-se no modelo de negócios como um todo e adaptado ao ecommerce. Muitas vezes, o foco dos gestores está no nome da marca, cores, redes sociais e site, deixando de parte o «parente ingrato» que é a logística, bem como margens de lucro e preços. Um modelo de negócios focado em ecommerce deve ser multifacetado, sem esquecer nenhuma vertente.

Carolina Afonso avança que o cliente quer o produto «agora», numa era revolucionada pela Amazon e padrões de compra da pandemia. Várias questões devem guiar o processo criativo: Quem são os parceiros de logística? Que serviços premium oferecer? Como gerir as devoluções?

O livro surge como um «guia de A a Z», prometendo abranger todas as áreas relacionadas com o ecommerce enquanto modelo de negócio. Nenhuma vertente deve ser esquecida para encontrar o sucesso das vendas online.

Os desafios de navegar o ecommerce

Mariana Cunha, Co-founder da Futah, juntou-se a Carolina para uma conversa sobre a experiência da marca e comércio online. A co-fundadora explicou que a marca portuguesa veio preencher uma lacuna no mercado de praia do país.

A loja começou como uma página de facebook, que se aproveitou da era «antes do boom das marcas». «Temos de investir muito dinheiro para que o que uma marca publica chegue a muitas pessoas», adiantou Mariana Cunha.

Um dos maiores desafios foi fazer com que a marca chegasse ao maior número de pessoas possível, algo que envolveu influencers e comunicação gratuita nas redes sociais. Agora, o jogo mudou, e a estratégia de comunicação foca-se mais em marketing digital pago. O objetivo da Futah é comum a quase todas as marcas portuguesas: fomentar a internacionalização, com Estados Unidos e Alemanha como objetivo principal. Outra questão em mente é criar lojas físicas, que podem ser essenciais para auxiliar o negócio online.

Em qualquer negócio de ecommerce, o processo de logística tem de ser pensado, derivado de todos os intermediários externos que fazem parte deste processo e podem interferir com os ideais e trabalho da marca. A utilização de pontos de recolha veio revolucionar este processo, facilitando e baixando o preço das entregas.

Os produtos da Futah têm uma grande durabilidade, pelo que se focam em promover os produtos como presentes, de forma aumentar o regresso de clientes. Carolina Afonso menciona ainda que o mercado B2B e de personalização são processos de alavancagem dos produtos, especialmente na época festiva que se avizinha.

Artigo originalmente publicado na Revista LIDER.