Na era digital em que vivemos, a automação de marketing deverá ser encarada como a “peça-chave” na optimização da eficiência operacional e no fortalecimento da relação com os nossos clientes. Contrariando a crença de que é uma tendência futura, a automação de marketing é o “Agora” e de uma forma inteligente.
Ter o conteúdo “certo” para o cliente “certo” no momento “certo” e funcional em todos os “devices” é já uma realidade e só é possível através da simbiose do conhecimento “profundo” do nosso cliente e da inteligência Artificial.
Neste âmbito, a maioria das tecnologias com que trabalhamos já dispõe da componente de “Inteligência Artificial” incorporada, a qual assume cada vez mais um papel importante no nosso dia-a-dia, uma vez que nos permite criar segmentações dinâmicas, campanhas altamente personalizadas, interatividade em tempo real e prever tendências e comportamentos futuros, caminhando assim para a chamada “hiperpersonalização”.
A “hiperpersonalização” é mais do que um conceito, é a capacidade de criar experiências únicas, adaptando não apenas o conteúdo, mas também o contexto, o timing e o canal de interação (SMS, E-mail ou Push) com base nas preferências e comportamentos específicos de cada utilizador.
Contudo, se por um lado os benefícios da “hiperpersonalização” incluem um maior engagement do cliente, uma maior probabilidade de conversão e um relacionamento à partida mais duradouro, é importante equilibrar a personalização com a privacidade do cliente, a frequência, o detalhe e a forma como comunicamos. Se as comunicações forem extremamente frequentes e detalhadas, irá resultar numa diminuição do interesse do cliente, gerando desta forma uma experiência negativa.
Podemos ter a melhor das tecnologias, ter um “Ferrari” nas nossas mãos, mas se não tivermos o chamado “novo petróleo” que são os dados (sobretudo 1st party Data), a capacidade de os trabalhar e de conseguirmos tirar “insights” e previsões, dificilmente iremos conseguir oferecer uma experiência única e criar valor para os nossos clientes.
Neste contexto, para conseguirmos ter uma verdadeira estratégia de automação de marketing associada cada vez mais à componente de inteligência Artificial, é fundamental termos um conhecimento “profundo” e estatístico do nosso cliente. Na minha ótica, a automação de Marketing é mais do que uma escolha estratégica, é uma necessidade imperativa para as empresas que queiram prosperar nesta era digital.
Se os dados são o “novo petróleo”, a automação de Marketing é o “veículo” que irá levar o utilizador a percorrer todo o funil de vendas até à conversão, de forma mais rápida e eficaz, impulsionando desta forma as vendas, criando mais valor para os clientes e impulsionando os resultados das empresas.
Antecipando um pouco o futuro próximo de Marketing Automation e sabendo que as transformações ocorrem à velocidade da luz, acredito que vamos assistir cada mais a uma automatização multicanal, uma personalização cada vez mais avançada e uma relação cada vez mais estreita entre Inteligência Artificial e Machine Learning. Mais capacidade preditiva, mais personalização avançada levará certamente as empresas a venderem mais e a atingirem melhores resultados.
Torna-se, assim, essencial investir na especialização das equipas de modo a garantir a “expertise” necessária para que possamos estar na vanguarda tecnológica e oferecer aos nossos clientes um serviço mais customizado e ajustado às tendências e boas práticas atuais.
Artigo escrito por Alexandre Pais, Head of Marketing Automation na WYperformance, e originalmente publicado na Marketeer.